O
cajueiro (Anacardium occidentale L.) é uma planta tropical, originária
do Brasil, dispersa em quase todo o seu território. A Região Nordeste, com uma
área plantada superior a 650 mil hectares, responde por mais de 95% da produção
nacional, sendo os estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia os
principais produtores.
No Brasil, a produção de
amêndoa de castanha de caju destina-se, tradicionalmente, ao mercado externo,
gerando, em média, divisas da ordem de 150 milhões de dólares anuais. Os
Estados Unidos e o Canadá são os principais mercados consumidores da amêndoa brasileira,
sendo responsáveis por cerca de 85% das importações. O agronegócio do caju no
mundo movimenta cerca de 2,4 bilhões de dólares por ano.
A importância social do caju no
Brasil traduz-se pelo número de empregos diretos que gera, dos quais 35 mil no
campo e 15 mil na indústria, além de 250 mil empregos indiretos nos dois
segmentos. Para o Semi-Árido nordestino, a importância é ainda maior, pois os
empregos do campo são gerados na entressafra das culturas tradicionais como
milho, feijão e algodão, reduzindo, assim, o êxodo rural.
Além do aspecto econômico, os
produtos derivados do caju apresentam elevada importância alimentar. O caju
contém cerca de 156 mg a 387 mg de vitamina C, 14,70 mg de cálcio, 32,55 mg de
fósforo e 0,575 mg de ferro por 100 ml de suco.
Apesar da importância
socioeconômica, a cajucultura nordestina vem atravessando um período crítico,
motivado pelos constantes decréscimos de produtividade, causado pelo modelo
exploratório extrativista, tipo reflorestamento. A heterogeneidade dos plantios
comerciais existentes e a não adoção de uma tecnologia agronômica orientadora
mínima vêm comprometendo todo o processo de produção, com produtividade muito
baixa, em torno de 220 kg/ha. Com
o advento do cajueiro anão-precoce e da irrigação localizada, esta realidade
começa a mudar. Com os pomares recebendo tratamento, é possível obter
produtividade superior a 3.000 kg de castanha por hectare, dado à moderna
fruticultura, possibilitando o aproveitamento de até 50% do caju de mesa (Pedúnculo
para consumo in natura),
cujo mercado está se consolidando na Região Sudeste do país.
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